quarta-feira, 29 de abril de 2009

Man Utd - Arsenal

Manchester United parte em vantagem para o jogo da segunda mão no Emirates Stadium, em Londres, depois da vitória por 1-0 , em Old Trafford.

O carrasco do FCPorto dominou por completo o Arsenal, num jogo em que o Manchester foi a única equipa que procurou o golo. Um domínio inicial avassalador dos reds permitiu-lhe chegar à vantagem cedo, aos 17' por intermédio de John O'Shea, já depois de ter visto Almunia evitar duas boas ocasiões.
Reflexo do pobre jogo do Arsenal na primeira parte foi o aparecimento tardio do primeiro remate à baliza de Van der Sar, que apenas aconteceu aos 27' por Fabregas, ainda que sem perigo. Aos 28', Cristiano Ronaldo viu o golo ser-lhe negado por Almunia, que fez uma excelente partida.
O intervalo chegou sem mais nenhum lance de perigo a registar, sempre com o clube da casa no controlo das operações.

No reatamento da partida foi mais do mesmo, isto é, muito Manchester para um Arsenal que sentia demasiado a falta de Arshavin, ausente devido à participação desta edição da Champions pelo Zenit e Van Persie, que falhou o jogo devido a lesão.
Aos 62' minutos, surgiu o primeiro remate perigoso de todo o jogo (!) do Arsenal, depois de um bom lance de Emmanuel Adebayor.

A resposta do Manchester surgiu aos 68', numa bomba de Cristiano Ronaldo, semelhante ao golo marcado no Dragão, que bateu na barra.
Deu sempre a ideia durante toda a 2ª parte de estar mais perto o segundo golo do Man Utd, do que o golo do empate arsenalista. Esta ideia foi reforçada com a entrada de Ryan Giggs, que completou o seu 800º jogo com a camisola dos reds. Aos 78', o veterano galês viu-lhe ser anulado um golo num lance de suposto fora-de-jogo, que deixa algumas dúvidas.
Digno de registo antes do final foi a substituição de Ferdinand que saiu lesionado e que está em dúvida para a segunda-mão, no Emirates Stadium.

O Arsenal terá que jogar mais e melhor em casa, caso contrário muito dificilmente conseguirá virar o resultado que trouxe de Old Trafford.

LP

terça-feira, 28 de abril de 2009

Magia vs. Eficácia

Barcelona e Chelsea defrontaram-se hoje à noite, em Nou Camp, num jogo que terminou 0-0 .

Este jogo era já há muito esperado, já que de um lado ia estar uma equipa que faz do futebol espectáculo seu cartão de visita (Barça) e de outro lado um Chelsea calculista e frio, bem à imagem do actual treinador, Guus Hiddink.
O jogo começou como se esperava, com os catalães muito fortes e pressionantes, à procura do golo que cedo lhes desse tranquilidade. Apesar do domínio de jogo e de uma posse de bola esmagadoramente superior por parte da equipa da casa, o Chelsea nunca se abriu e tacticamente apresentou-se muito sólido, com as linhas muito compactas. Mas se no capítulo defensivo esteve irrepreensível, poucas foram as ocasiões de ataque criadas na primeira parte- de registar duas perdas de bola infantis, primeiro de Márquez, depois de Piqué, que ofereceram a Drogba a possibilidade de inaugurar o marcador, mas este não as conseguiu aproveitar. A fraca prestação ofensiva do Chelsea deveu-se ao recuo excessivo de Lampard e de Ballack, que jogavam lado a lado como tampão ao meio campo blaugrana.
Na primeira metade, o Barcelona só conseguiu rematar com perigo de fora da área, por intermédio de Iniesta e de Xavi, que mais uma vez estiveram muito bem. Lionel Messi esteve apagado na primeira parte, muito por culpa de uma eficiente marcação do lateral Bosingwa, que hoje actuou à esquerda, devido à ausência por lesão de Ashley Cole.

O intervalo não fez bem ao jogo, que recomeçou lento, muito parado, sobretudo por culpa das quase sucessivas lesões de Henry que teve que ser assistido, mas recuperou; e da saída forçada por lesão de Rafa Márquez. Estes contratempos impediram que o Barça conseguisse pegar no jogo, dando ainda mais confiança ao Chelsea, que via o tempo a passar sem que a sua baliza fosse ameaçada.
Foi preciso esperar até aos 60' minutos para a assistir à primeira oportunidade de golo da segunda parte, onde a estrela argentina falhou o alvo depois de um canto bem batido por Xavi. A partir deste lance, o Barcelona voltou a assumir as rédeas do jogo, trocando a bola a seu belo prazer, ainda que não tenha criado grandes dificuldades à defesa londrina.
Aos 69', Samuel Eto'o falhou o golo na cara de Petr Cech, depois de uma excenlente cavalgada desde o meio campo. Foi a melhor oportunidade para marcar até então, que teve origem numa perda de bola do Chelsea e no respectivo contra-ataque lançado de imediato.
Ainda assim, a equipa de Guus Hiddink passou sempre a ideia de que teve sempre o jogo controlado, tinha a equipa catalã muito bem estudada e isso viu-se na forma como se dispôs em campo.
Aos 90', Bojan Krikc - que entrou para substituir Eto'o aos 83' - teve na cabeça a possibilidade de oferecer ao Barça a vitória. Logo a seguir, Hleb aos 92' podia também ter marcado, mas acabou por permitir uma grande defesa a Petr Cech, que conseguiu segurar o empate no terreno do Barça.

Fica tudo em aberto para a 2ª mão das meias-finais em Stanford Bridge, onde se espera que o jogo seja mais aberto, com o Chelsea menos preocupado defensivamente e mais focado na baliza adversária.

LP

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Acredita, Porto!

Manchester United 2-2 FC Porto
FCPorto conseguiu ontem um resultado em Manchester que abre excelentes perspectivas para a 2ª mão, fruto de uma sólida exibição de uma equipa que cresce a olhos vistos.

Um enorme jogo do Porto. É a frase que melhor explica a exibição portista ontem à noite em Old Trafford, tal não foi a qualidade demonstrada pela única equipa portuguesa em prova.
Num jogo que se antevia muito difícil para os portistas, foi a equipa orientada por Jesualdo Ferreira quem assumiu desde início o controlo do jogo. Espelho deste controlo foi o golo madrugador de Cristian Rodriguez aos 4', já depois de uma boa oportunidade de golo desperdiçada por Lisandro Lopéz.
O golo trouxe ainda mais confiança ao tri-campeão nacional, que jogou olhos nos olhos contra o campeão europeu em título. Nem o erro clamoroso de Bruno Alves aos 15', que ofereceu literalmente o golo a Wayne Rooney, afectou a equipa do Porto. Trocava a bola no meio campo adversário irritando os ingleses; apresentava os jogadores muito bem distribuídos pelo campo, cada um sabia o terreno que tinha que pisar e qual a sua função em campo. Mérito aqui para Jesualdo e para o seu staff, que souberam estudar e preparar bem o confronto. Poderia ter chegado ao 2-1 ainda na primeira parte, por intermédio de Rodríguez, que cabeceou para as mãos de Van der Sar.

Numa segunda metade onde se esperava um ímpeto inicial fortíssimo por parte do Manchester United, os dragões souberam aguentar bem o meio campo, onde brilhou o jovem Fernando, que "secou" exemplarmente Cristiano Ronaldo e funcionou como elemento equilibrador da equipa, funcionando como pivot defensivo que distribuía o jogo. De destacar também a excelente exibição de Helton na baliza, que defendeu diversos remates evitando que o United passasse para a frente do marcador.
Tal como acontecera na primeira metade, o jogo foi muito bem disputado na segunda, com a bola a aparecer com perigo frequentemente nas duas balizas. Ninguém diria que naquele campo se enfrentavam dois clubes com diferenças orçamentais abismais, pois futebolisticamente falando, o Porto soube ser superior ao campeão europeu.
Pena para os portistas que aos 85', numa altura em que a sua equipa parecia ter o jogo controlado, tenha sobressaído o talento de Rooney que assistiu primorosamente Carlitos Tevez para o 2-1, golpe duríssimo face ao que o Porto produzira ao longo de todo o jogo.
Quando se temia que o clube português fosse abaixo animicamente, os jogadores conseguiram manter a coesão e qualidade demonstrada e o empate nasce de um lance de génio de Lisandro aos 89', que aguentou muito bem a bola perante a pressão dos adversários e conseguiu descobrir Mariano que, no frente a frente com o guarda-redes holandês, estabeleceu o empate no placard, pondo alguma justiça no resultado. Devem ter-se recordado os ingleses, decerto, do golo de Costinha ao cair do pano em 2004, ano em que o Porto de Mourinho eliminou o Man Utd da prova.

Parabéns ao Porto pela excelente exibição conseguida em Old Trafford e desejar-lhe a mesma sorte para a 2ª mão, a jogar na próxima Quarta-feira no Estádio do Dragão.

LP

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sporting eficaz cumpre objectivo

Depois de ver o Porto vencer e aumentar a distância pontual, o Sporting via-se obrigado a ultrapassar o Leixões em Matosinhos, de forma a reduzir a diferença pontual para o primeiro classificado. E assim o fez, ao vencer por 0-1 em Matosinhos.

O Sporting que vinha de orgulho ferido da primeira volta, onde perdera por 0-1 com os matosinhenses, encontrou um Leixões que se tentava recompor de duas pesadas derrotas obtidas nos últimos dois encontros, com o Porto e Paços de Ferreira. Previa-se um jogo aberto, com duas equipas a procurar a vitória, e assim foi.
A equipa da casa entrou melhor, mais determinada e com mais bola, atirando os lisboetas para o seu meio campo. À medida que o tempo foi passando, o Sporting foi agarrando o jogo, saindo mais vezes para o ataque, sobretudo através de João Moutinho. E foi, exactamente, numa jogada iniciada pelo 28 leonino que o Sporting chegou à vantagem. Aos 13 minutos da 1º parte, depois de uma boa assistência de Liedson, Derlei, de pé esquerdo, inaugurou o marcador. Eficácia total dos leões, uma vez que conseguiram marcar na primeira oportunidade de golo criada.
O Leixões acusou muito o golo e baixou de produção, mérito também para os vice-campeões nacionais que subiram de rendimento e que até podiam ter chegado ao segundo golo ainda na primeira parte, fruto de boas jogadas realizadas, sobretudo pelo lado direito, onde, na primeira metade, Abel e Pereirinha estiveram em bom plano.

O intervalo chegou e com más noticias para Paulo Bento, que já tinha perdido Romagnoli durante os primeiros 45 minutos e via-se então privado de Rochemback, ambos por lesão.
A segunda parte trouxe um Sporting mais metódico e cerebral, que tinha como principais objectivos nao deixar o Leixões jogar, através de uma pressão alta que impedia os leixonenses de sair em ataque organizado; e matar o jogo o mais rápido possível. Neste capítulo, é de realçar a excelente exibição protagonizada pelo capitão leonino que, após a saída de Pipi Romagnoli, ocupou a posição 10 do losango. Aos 49 minutos, depois de uma excelente jogada de Moutinho, Pereirinha desperdiçou a melhor oportunidade do encontro para fazer o 2-0, ao atirar por cima da baliza defendida por Beto.
No minuto 51', deu-se o lance polémico da partida, em que o "clube do mar" fica a reclamar grande penalidade por pretensa mão de Abel na grande área leonina, depois de remate de Diogo Valente. O árbitro, Pedro Proença, não assinalou qualquer infracção e mandou seguir o jogo.
Com o passar dos minutos, o Sporting parecia mais preocupado em defender a curta vantagem alcançada na primeira parte e o jogo decaiu de qualidade, na medida em que a partida passou a ser mais disputada a meio-campo, sem grandes oportunidades para qualquer um dos lados.

Apenas à passagem do octogésimo minuto surgiu um (e último) momento perigo junto à baliza leixonense. Liedson, na sequência de um canto batido por Miguel Veloso - entrara na 1ª parte a render Romagnoli -, cabeceou com perigo ao primeiro poste, mas a bola acabou nas malhas laterais.

E assim acabou um jogo que não teve muita história, marcado por um Sporting eficaz que chegou cedo à vantagem e soube geri-la ao longo dos 90 minutos. Importa destacar o número de jogadores formados em Alvalade (8!) no onze que terminou o jogo.

LP

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cada vez mais perto....

Ontem à noite, o FC Porto deu mais um passo de gigante rumo ao tetra, ao vencer em Guimarães por 1-3. Uma reviravolta numa das deslocações mais difíceis do campeonato, ainda para mais com a qualidade de jogo apresentada, só pode motivar ainda mais os pupilos de Jesualdo Ferreira para a conquista do campeonato nacional.


Depois de um início de jogo fulgurante por parte do Porto, onde criou algumas oportunidades de golo, inclusive o excelente remate de Farías de pé esquerdo para uma brilhante defesa de Nilson, aos 9 minutos de jogo, o Guimarães começou a entrar mais no ritmo de jogo, a perceber as intenções dos dragões. E, na segunda vez em que os vimaranenses chegaram à baliza portista com algum perigo, depois de boa jogada - ainda que com alguma sorte à mistura -, aos 19' Roberto inaugura o marcador no Estádio D. Afonso Henriques.
O golo trouxe maior confiança aos jogadores do Vitória, que começaram a ter mais bola, a ter o domínio do jogo. No entanto, os jogadores portistas não se deixaram ir abaixo e continuaram a praticar um bom futebol, a tentar chegar o mais possível à area contrária, sempre com Hulk no comando. Ainda antes do intervalo, Farías teve uma oportunidade flagrante para restabelecer o empate, mas frente a frente com Nilson atira para fora.


No reatamento da partida, o tri-campeão nacional mostrou-se determinado a dar a volta aos acontecimentos, entrando ainda mais dominador e avassalador. Logo no primeiro minuto da segunda metade, após uma boa jogada de envolvimento ofensivo, Cissokho faz um cruzamento perigoso a que Nilson se opôs bem.
Aos 52 minutos, chega o golo portista. Após um bom cruzamento de Raúl Meireles, surge Ernesto Farías desmarcado a cabecear para o fundo das redes, sem qualquer hipotese para o guardião vitoriano. Com o golo a pressão dos dragões intensificou-se, e a equipa de Manuel Cajuda não conseguia sair a jogar, fruto do adiantamento das linhas adversárias.
À passagem do minuto 58, após devolução de bola da defesa vitoriana a cruzamento de Hulk, Tomás Costa (que foi titular devido à tardia chegada e consequente cansaço de Lucho) remata torto na direcção de Mariano González, que, oportunamente, aproveita para fazer o desvio para a baliza de Nilson, estabelecendo a reviravolta no placard. O clube da invicta via, assim, a sua supremacia reflectida no marcador.
Depois do segundo golo portista o jogo melhorou, a bola surgiu nas duas áreas com maior frequência, fruto de uma obrigatória abertura da equipa da cidade-berço que, pela primeira vez, se via na obrigação de correr pelo resultado.
No entanto, esta maior abertura nao se traduziu em oportunidades de golo claras, até que, no minuto 88, na sequência de um canto batido por Lucho, Rolando fixa o resultado em 1-3, matando por completo as aspirações vimaranenses.


No cômputo geral, foi uma vitória justissima para o tri-campeão nacional, num jogo em que mostrou todo o seu futebol, ainda que tivesse muitos dos seus craques de fora do onze inicial (Lisandro, Lucho, Rodriguez). De realçar a excelente exibição (mais uma) de Hulk, que só foi travado pelas inúmeras faltas que sofreu.

Vamos ver se em Old Trafford consegue um resultado destes!

LP